Páscoa: diferenças entre revisões

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Depois de deixar o Egito, os israelitas concluíram a construção do [[Santuário (Tabernáculo)|tabernáculo]], no primeiro dia do primeiro mês do ano seguinte,<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/EXO.40.ARA|titulo=Êxodo 40:17|citacao=}}</ref> e celebraram a Páscoa pela segunda vez no deserto do Sinai, no décimo quarto dia daquele mês.<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/NUM.9.ARA|titulo=Números 9:1-5|citacao=}}</ref> Deus disse que aqueles que não puderam celebrar a Páscoa, porque estavam cerimonialmente impuros por tocar em algum morto ou porque estavam em uma viagem distante, deveriam celebrá-la ao anoitecer do décimo quarto dia do segundo mês de acordo com os mesmos ritos. Deus advertiu que eles deveriam guardar a Páscoa e que aqueles que não a guardassem seriam eliminados do meio do povo.<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/NUM.9.ARA|titulo=Números 9:9-13|citacao=}}</ref>
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No entanto, na Bíblia não há registro de os israelitas guardarem a Páscoa por trinta e oito anos enquanto peregrinavam no deserto, depois de celebrá-la no segundo ano após o Êxodo. Ao final de sua jornada no deserto, quando atravessaram o [[rio Jordão]] e chegaram em frente à cidade de '''[[Jericó]]''', Deus ordenou que fizessem a [[circuncisão]]. A razão era que todos os homens de vinte anos ou mais que deixaram o Egito morreram no deserto (exceto Josué e Calebe),<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/NUM.14.ARA|titulo=Números 14:29-30|citacao=}}</ref> além disso, aqueles que nasceram no deserto não foram circuncidados.<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/JOS.5.ARA|titulo=Josué 5:2-5|citacao=}}</ref> Portanto, visto que somente os circuncisos podiam celebrar a Páscoa, o fato de não terem sido circuncidados significava que não haviam celebrado a Páscoa.<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/EXO.12.ARA|titulo=Êxodo 12:48|citacao=}}</ref> Depois que a circuncisão foi realizada, os israelitas celebraram a Páscoa nas campinas de Jericó e entraram na terra de Canaã naquele mesmo ano.<ref>{{citar web|url=https://www.bible.com/pt/bible/1608/JOS.5.ARA|titulo=Josué 5:10-12|citacao=}}</ref>
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Revisão das 01h05min de 20 de março de 2025


Páscoa
Os israelitas passam o sangue do cordeiro da Páscoa
Nome Páscoa
Data Ao crepúsculo da tarde do dia quatorze do primeiro mês segundo o calendário sagrado
Origem Emancipação do Egito
Cerimônia no Antigo Testamento Pôr o sangue do cordeiro e comer a sua carne assada no fogo
Cerimônia no Novo Testamento Comer o pão e beber o vinho que representam a carne e o sangue de Jesus depois da Cerimônia de Lava-Pés.
Cumprimento da profecia Libertação do mundo pecaminoso
Bênção Perdão de pecados, vida eterna, proteção dos desastres, cumprimento do primeiro mandamento

A Páscoa é a primeira das sete festas de três tempos registradas na A Bíblia. É celebrada ao crepúsculo da tarde no décimo quarto dia do primeiro mês segundo o calendário sagrado, e corresponde ao período entre março e abril do calendário gregoriano (calendário solar). As sete festas são classificadas em três tempos: a Festa dos Pães Asmos, a Festa das Semanas e a Festa dos Tabernáculos. E a Páscoa pertence ao primeiro tempo das festas, a Festa dos Pães Asmos.

A Páscoa é a verdade núcleo da A Nova Aliança que Deus estabeleceu para salvar a humanidade. Na noite do décimo quarto dia do primeiro mês do calendário sagrado, Jesus Cristo estabeleceu a Nova Aliança celebrando a Páscoa com seus discípulos com o pão e o vinho que representam sua carne e seu sangue. Assim como nos tempos do Antigo Testamento, quando os israelitas foram libertados do Egito ao guardar a Páscoa e entraram na terra de Canaã, nos tempos do Novo Testamento o povo de Deus recebe a vida eterna e a liberdade do mundo pecaminoso ao guardar a  Páscoa da Nova Aliança, e entram no reino dos céus.

A Origem e o Significado da Páscoa

Origem e significado

A Páscoa tem origem na história dos israelitas, que haviam sido escravos no Egito. Eles foram protegidos das pragas e libertos por guardarem a Páscoa. O nome “Páscoa”, que significa “a festa que faz os desastres passarem por cima”, vem dessa história. Em hebraico, a palavra para Páscoa é Pessach (פֶּסַח), derivado do verbo pasach (פָּסַח), que significa “passar” ou “pular”. Em grego recebe o nome de Pascha (πασχα). Nas duas línguas que foram usadas para escrever a Bíblia, a palavra Páscoa significa “(os desastres) passam por cima”.

Páscoa em diferentes idiomas

A Páscoa mencionada no livro do Êxodo em cada idioma é como a seguir:

IDIOMA ORTOGRAFIA
Hebraico Pesach (פֶּסַח)
Grego Pascha (πασχα)
Coreano 유월절 (ou 과월절 em algumas traduções)
Inglês Passover
Espanhol Pascua
Holandês het Joodse Paasfeest
Norueguês påske
Alemão Pạssah•fest
Latim Pascha
Russo еврейская пасха
Romeno Pesah
Mongol Дээгүүр өнгөрөх баяр
Suaíli Pasaka ya Kiyahudi
Sueco påskhögtid
Ucraniano Песах
Italiano pasqua ebraica
Indonésio Paskah
Japonês 過越祭(すぎこしさい)
Chinês

(simplificado)

逾越节
Tcheco pesach
Turco Fısıh Bayramı, Hamursuz Bayramı
Persa فصح[fesh]
Português páscoa
Polonês Pascha(święto w judaizmie)
Francês Pâque
Finlandês pääsiäinen
Húngaro Páska

A Páscoa do Antigo Testamento

Cerimônia

Ao crepúsculo da tarde no décimo quarto dia do primeiro mês segundo o calendário sagrado, os israelitas sacrificavam cordeiros de um ano, assavam sua carne no fogo e a comiam com pão asmo e ervas amargas. Não podia deixar a carne até pela manhã. Além disso, os ossos do cordeiro pascal não deveriam ser quebrados.[1][2][3]

A história da Páscoa do Antigo Testamento

  • Êxodo
Os israelitas são libertados do Egito depois de guardar a Páscoa

A Páscoa foi celebrada pela primeira vez por volta do século XV a.C., no tempo de Moisés. Deus infligiu dez pragas ao Egito para libertar os israelitas que haviam sido escravos no Egito por aproximadamente quatrocentos anos. Antes que a décima praga caísse sobre a terra, a praga que matou todos os primogênitos, Deus permitiu que os israelitas celebrassem a Páscoa.


“[...] é a Páscoa do SENHOR. Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito. Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.”

- Êxodo 12:11-14


Ao crepúsculo da tarde no décimo quarto dia do primeiro mês segundo o calendário sagrado, os israelitas sacrificavam cordeiros de um ano sem defeito, passavam o sangue do cordeiro em ambas as ombreiras e na verga das portas das casas, assavam a carne sobre o fogo e a comiam com pães asmos e ervas amargas.[4] Na noite da Páscoa, uma praga que matou os primogênitos de todas as casas egípcias caiu sobre a terra. Houve grande clamor no Egito porque todos os primogênitos foram mortos, desde o primogênito do Faraó até o primogênito do prisioneiro que estava na prisão, incluindo também o primogênito dos animais.[5] No entanto, nem um único primogênito das casas dos israelitas morreu; eles foram protegidos da praga guardando a Páscoa, como Deus havia prometido. No dia seguinte, os israelitas deixaram o Egito para estabelecerem-se em Canaã, a terra prometida, regozijando-se com a liberdade e a emancipação.

  • No deserto

Depois de deixar o Egito, os israelitas concluíram a construção do tabernáculo, no primeiro dia do primeiro mês do ano seguinte,[6] e celebraram a Páscoa pela segunda vez no deserto do Sinai, no décimo quarto dia daquele mês.[7] Deus disse que aqueles que não puderam celebrar a Páscoa, porque estavam cerimonialmente impuros por tocar em algum morto ou porque estavam em uma viagem distante, deveriam celebrá-la ao anoitecer do décimo quarto dia do segundo mês de acordo com os mesmos ritos. Deus advertiu que eles deveriam guardar a Páscoa e que aqueles que não a guardassem seriam eliminados do meio do povo.[8]

No entanto, na Bíblia não há registro de os israelitas guardarem a Páscoa por trinta e oito anos enquanto peregrinavam no deserto, depois de celebrá-la no segundo ano após o Êxodo. Ao final de sua jornada no deserto, quando atravessaram o rio Jordão e chegaram em frente à cidade de Jericó, Deus ordenou que fizessem a circuncisão. A razão era que todos os homens de vinte anos ou mais que deixaram o Egito morreram no deserto (exceto Josué e Calebe),[9] além disso, aqueles que nasceram no deserto não foram circuncidados.[10] Portanto, visto que somente os circuncisos podiam celebrar a Páscoa, o fato de não terem sido circuncidados significava que não haviam celebrado a Páscoa.[11] Depois que a circuncisão foi realizada, os israelitas celebraram a Páscoa nas campinas de Jericó e entraram na terra de Canaã naquele mesmo ano.[12]

  • Nos tempos do rei Ezequias

A história do poder de Deus manifestado através da Páscoa pode ser encontrada na época de Ezequias, cerca de oitocentos anos depois da época de Moisés. Ezequias foi o décimo terceiro rei do reino de Judá do Sul. Naqueles dias, Israel havia sido dividido em Judá, o reino do Sul, e Israel, o reino do Norte.

Quando o rei Ezequias foi coroado, tomou a decisão de celebrar a Páscoa, esperando que sua nação estivesse em paz e protegida pela graça de Deus. Ezequias enviou mensageiros por todo o reino de Judá e Israel para transmitir a notícia de que viessem para celebrar a Páscoa em Jerusalém. No entanto, muitos israelitas do reino do norte, que não guardavam a Páscoa por cerca de 250 anos desde a época em que Israel foi dividido em dois, zombaram dos mensageiros e de sua mensagem. No final, apenas o povo do reino de Judá, o reino do sul, celebrou a Páscoa com um pequeno número de israelitas, do reino do norte, que foram a Jerusalém para celebrá-la.[13] Depois de celebrar a Páscoa, o povo destruiu todos os ídolos que eles haviam adorado inconscientemente e os altares que eram usados para sacrificar e adorar outros deuses.[14]

Três anos depois, a Assíria, uma nação poderosa naquele tempo, invadiu e sitiou Israel, o reino do norte, e cercou Samaria, a capital de Israel; e eles finalmente a conquistaram três anos depois. Israel, o reino ao norte, que não celebrou a Páscoa, foi completamente destruído por volta de 721 a.C.[15] A Bíblia explica que a razão fundamental da destruição de Israel, foi a violação da aliança de Deus.[16]

No décimo quarto ano de Ezequias, o exército assírio também invadiu Judá, o reino do sul, conquistou muitas cidades e cercou Jerusalém. Deus prometeu salvação a Judá, que celebrou a Páscoa, e enviou um anjo para lutar contra os soldados assírios. Como resultado, cerca de 185.000 soldados assírios foram mortos durante a noite e o exército assírio se retirou.[17] De acordo com a promessa contida na Páscoa, Judá, o reino ao sul, foi protegido do desastre e escapou da crise de destruição.

  • Nos tempos do rei Josias

Depois de Ezequias, o reino de Judá ao sul, parou de celebrar a Páscoa e voltou a erguer os ídolos que Ezequias havia derrubado. Josias, o 16º rei de Judá, bisneto de Ezequias, veio a compreender a Páscoa no 18º ano de seu reinado, lendo o livro da lei que foi encontrado enquanto o templo estava sendo reparado.[18] Josias e o povo decidiram celebrar a Páscoa e retiraram os ídolos que haviam servido inconscientemente no templo de Deus.[19] Depois da Páscoa, eles destruíram todos os ídolos de Israel e Judá. Desde os dias dos juízes, até os dias dos reis de Israel e dos reis de Judá, tal Páscoa nunca havia sido celebrada. Portanto, na Bíblia está escrito que Josias foi um rei que obedeceu completamente a todas as leis de Deus com todo o seu coração, alma e força.[20]

A Páscoa do Novo Testamento

Cerimônia

Ao crepúsculo da tarde no décimo quarto dia do primeiro mês segundo o calendário sagrado, a Cerimônia de Lava-pés é realizada primeiro.[21] Em seguida, prossegue-se com a cerimônia de comer o pão e beber o vinho que representam a carne e o sangue de Jesus, que é a realidade do cordeiro pascal.[22]

A Páscoa da Nova Aliança de Jesus Cristo

Jesus Cristo libertou a humanidade do mundo pecaminoso através da Páscoa da Nova Aliança.

A história da emancipação dos israelitas do Egito, após guardarem a Páscoa, foi uma profecia de que Jesus Cristo estabeleceria a Páscoa da Nova Aliança e libertaria a humanidade do mundo pecaminoso. Jesus Cristo enviou Pedro e João para preparar a Páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês do calendário sagrado, quando era costume sacrificar o cordeiro pascal.[23] Naquela noite, Jesus Cristo lavou os pés de seus discípulos no sótão de Marcos[21] e todos celebraram a Páscoa juntos. Jesus Cristo proclamou a Nova Aliança, dizendo que o pão da Páscoa é a sua carne e o vinho da Páscoa é o seu sangue, que foi derramado em favor de muitos para remissão de pecados.[22]


“Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. [...] E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.”

- Lucas 22:14-20


Tomando o cálice do vinho da Páscoa, Jesus Cristo disse que era a Nova Aliança em seu sangue e também disse que desejava ansiosamente comer a Páscoa. Isso significa que o núcleo da Nova Aliança é a Páscoa. No dia seguinte à Páscoa, Jesus morreu na cruz como a realidade do cordeiro pascal. Os soldados romanos quebraram as pernas dos dois ladrões que estavam pendurados na cruz de cada lado de Jesus, mas não quebraram seus ossos e traspassaram seu lado com uma lança. Assim se cumpriu a profecia de que os ossos do cordeiro pascal não seriam quebrados.[24]

A igreja primitiva guardou a Páscoa da Nova Aliança

Os israelitas celebraram a Páscoa pela segunda vez no deserto do Sinai no ano seguinte ao Êxodo. Isso se tornou uma profecia que mostrava que os apóstolos e santos da igreja primitiva guardariam a Páscoa da Nova Aliança no crepúsculo da tarde do décimo quarto dia do primeiro mês segundo o calendário sagrado todos os anos após a ascensão de Jesus. O apóstolo Paulo enfatizou que devemos guardar a Páscoa porque Cristo foi sacrificado como a realidade do cordeiro pascal.[25] Além disso, ele disse que devemos comemorar o sacrifício de Jesus todas as vezes que comemos o pão e bebemos o vinho na noite da Páscoa, a noite em que foi traído, e que a celebremos até que Deus venha.


“Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído (a noite da Páscoa), tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. [...] Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha.”

- 1 Coríntios 11:23-26


As Bênçãos da Páscoa

O reino dos céus

A Igreja de Deus Sociedade Missionária Mundial guarda a Páscoa da Nova Aliança

A história dos quarenta anos que os israelitas passaram no deserto depois de deixar o Egito mostra de antemão o que aconteceria nos tempos do Novo Testamento.[26] A história dos israelitas celebrando a Páscoa, sendo libertados do Egito e entrando em Canaã após quarenta anos de jornada no deserto foi uma profecia de que os santos dos tempos do Novo Testamento celebrariam a Páscoa, seriam libertados do mundo pecaminoso e entrariam no reino dos céus, a Canaã espiritual, depois de viver no deserto da fé.[27][28]

Não há registro dos israelitas guardando a Páscoa depois de guardá-la uma segunda vez no deserto do Sinai até pouco tempo antes de entrar em Canaã. Da mesma forma, nos tempos do Novo Testamento, a Páscoa não foi celebrada por quase 1600 anos após o Concílio de Niceia em 325 d.C. O fato de que os israelitas celebraram a Páscoa pouco antes de entrarem em Canaã foi uma profecia mostrando que a Páscoa da Nova Aliança que não foi guardada por muito tempo seria restaurada pouco antes dos santos dos dias do Novo Testamento entrarem no céu, a Canaã celestial.[29] Assim como os israelitas que guardam a Páscoa entraram em Canaã, os santos que guardam a Páscoa da Nova Aliança podem entrar no reino dos céus, a Canaã espiritual, no Novo Testamento.

A remissão de pecados

A A Bíblia ensina que todas as pessoas morrem por seus pecados.[30] Como não podem evitar a morte, vivem como escravos do pecado por toda a vida.[31] A única maneira de ser liberto do pecado é ser revestido da graça do precioso sangue de Cristo derramado na cruz.[32] Jesus Cristo disse que o vinho da Páscoa é o seu sangue derramado em favor de muitos para remissão de pecados. Portanto, devemos guardar a Páscoa da Nova Aliança para receber o perdão dos pecados graças ao sangue de Cristo. Assim como os israelitas que guardavam a Páscoa no Antigo Testamento foram libertos do Egito, no Novo Testamento, aqueles que guardam a Páscoa da Nova Aliança são libertos do mundo pecaminoso.[33]

A vida eterna

Quando nossos pecados que são a causa da morte forem removidos, seremos capazes de viver para sempre. Portanto, se recebermos o perdão de pecados, podemos ter a bênção da vida eterna. Por essa razão, Jesus Cristo disse que receberemos a vida eterna se comermos sua carne e bebermos seu sangue guardando a Páscoa da Nova Aliança.


“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.”

- João 6:53-54


Deus nos deu a vida eterna através da Páscoa da Nova Aliança porque o reino dos céus que a humanidade almeja é um lugar onde não há morte.[34] Ninguém pode entrar no reino dos céus com um corpo mortal. Por essa razão, Deus dá a bênção da vida eterna ao seu povo por meio da Páscoa da Nova Aliança.

O povo de Judá destrói os ídolos depois de celebrar a Páscoa no tempo de Ezequias.

Os desastres passam por cima

A Páscoa é um sinal do poder de Deus que permite que os desastres passem por cima de nós. A Bíblia registra a história de que o povo de Deus, que guardava a Páscoa, foi protegido de desastres. Quando os israelitas celebraram a Páscoa na época do Êxodo, eles foram protegidos da praga que matou todos os primogênitos.[35] Quando o rei Ezequias e o povo de Judá, o reino do sul, celebraram a Páscoa, eles foram protegidos do ataque assírio.[13][17]

Nos tempos do Novo Testamento, aqueles que guardam a Páscoa da Nova Aliança são protegidos das últimas pragas. Quando alguém come a carne de Jesus Cristo e bebe o seu sangue através do pão e do vinho da Páscoa, ele pode permanecer em Deus e se tornar sua possessão.[36] E prometeu que protegerá dos desastres aqueles que permanecerem nele como sua possessão.[37]

O cumprimento do primeiro mandamento

O primeiro dos dez mandamentos: “Não terás outros deuses diante de mim” contém duas ordenanças: “Não servirás a outros deuses” e “Só a Deus servirás”. A Páscoa é uma verdade especial que nos permite destruir outros deuses e adorar apenas a Deus; porque a Páscoa foi estabelecida como o dia de punição para todos os outros deuses desde a época do Êxodo.[35] Se todos os outros deuses são julgados na Páscoa, isso significa que apenas Deus permanece. Se compreendermos a Páscoa e a celebrarmos, poderemos adorar somente a Deus, não outros deuses. Por exemplo, Deus destruiu os deuses do Egito na noite da Páscoa no tempo de Moisés. Também nos tempos de Ezequias e Josias, os israelitas podiam servir somente a Deus destruindo os ídolos após guardarem a Páscoa. Mesmo nos tempos do Novo Testamento, podemos guardar plenamente o primeiro mandamento se guardarmos a Páscoa da Nova Aliança.

Ver Também

Vídeos Relacionados

  • A Santa Comunhão da Páscoa que Deus Nos Ordenou Guardar (Sermão em Vídeo)


  • O Propósito da Fé e a Páscoa


Referências